sábado, 15 de agosto de 2009

São Paulo chega aos 11 milhões de habitantes

Ruas da cidade de São Paulo durante a Revolução Constitucionalista de 1932.

População do País já é de 191.480.630 de pessoas e poderá atingir a marca de 200 milhões em 2014

No último ano, a cidade de São Paulo ganhou 47.344 moradores e ultrapassou, em 2009, a barreira dos 11 milhões de habitantes, segundo as estimativas das populações dos municípios brasileiros, divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já o País tem agora 191.480. 630 habitantes nos 5.565 municípios. No levantamento do ano passado, a população total estimada era de 189.612.814 pessoas. Nesse ritmo, no primeiro semestre de 2014 o Brasil passará dos 200 milhões. A estimativa do instituto leva em consideração as taxas de natalidade, mortalidade e migração.Confira a relação completa com municípios e habitantesCemig quer fatia maior de Belo MonteOficialmente, agora, a capital paulista tem 11.037.593 moradores, um acréscimo de 0,43% em relação aos números do ano passado, e segue como o maior município do País, com 4,8 milhões de pessoas a mais que o Rio, a segunda cidade brasileira em população (mais informações nesta página). No mundo, sem contar dados de regiões metropolitanas como um todo, São Paulo é a sexta maior cidade, atrás de Mumbai (Índia), Xangai (China), Karachi (Paquistão), Deli (Índia) e Istambul (Turquia), respectivamente. Todas elas já tinham atingido os 11 milhões de habitantes.Os números do gigantismo da metrópole se destacam ainda mais quando se compara a cidade com os países da Europa ou da América do Sul: São Paulo é maior que 35 dos 45 países europeus, que 5 dos 12 sul-americanos e que 13 dos 14 da Oceania. Existem, por nascimento ou adoção, mais paulistanos que habitantes de Portugal, Bélgica, República Checa, Bolívia, Paraguai, Hungria, Suíça, Bulgária, Israel e Áustria.Atrás dos 11 milhões da metrópole, por outro lado, existem problemas que atravessam décadas de crescimento populacional, como a má distribuição de serviços públicos e dificuldades na mobilidade urbana. "Assim como o Brasil, São Paulo apresenta grandes desigualdades sociais. Não somente em termos de renda e riqueza, como de urbanização e equipamentos públicos. A maioria dos serviços se concentra em poucas das 31 subprefeituras da cidade", diz Maurício Broinizi, coordenador executivo do Movimento Nossa São Paulo, que acompanha as políticas públicas da capital.O coordenador do Nossa São Paulo aponta investimentos no transporte público, ou a falta deles, como um dos principais desafios a ser enfrentados na capital paulista, mesmo ponto abordado pelo arquiteto e urbanista Jorge Wilheim, secretário de Planejamento Urbano na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy. "Hoje, um terço da cidade anda de transporte público, um terço a pé e um terço de veículos privados. Nessa divisão modal, tem de diminuir a participação do transporte privado e aumentar o público", aponta o ex-secretário de Planejamento Urbano. Já o atual secretário Miguel Bucalem afirma que a Prefeitura tem planos para povoar áreas centrais menos adensadas e, em outra frente, pretende criar condições para que a população da periferia consiga emprego mais perto de onde mora, por operações urbanas.TREM-BALAUma das principais alternativas para a mobilidade dos paulistanos e da Região Metropolitana como um todo, segundo Wilheim, passa pelo trem-bala, em projeto que ligaria São Paulo ao Rio, passando por cidades paulistas com mais de 1 milhão de habitantes, como Guarulhos (1,3 milhão) e Campinas (1 milhão). Essas duas cidades, aliás, se mantém como os municípios mais populosos do Brasil que não são capitais de Estados, de acordo com o IBGE.O Estado de São Paulo tem cinco das cidades mais populosas fora das capitais, quatro delas na região metropolitana - além de Guarulhos, estão no grupo São Bernardo do Campo (810 mil pessoas), Osasco (718 mil) e Santo André (673 mil). "O trem de alta velocidade que está sendo projetado é importantíssimo. Claro que leva tempo para construir. Mas falo isso há 15 anos. Se já tivessem começado uma obra dessas, estaria funcionando", afirma Jorge Wilheim, imaginando um trem-bala que ligasse Campinas a Santos e Sorocaba a São José dos Campos, eixo que limita as cidades-dormitório que gravitam em torno da capital.
Fonte: O Estado de São Paulo

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