Nos anos 50 São Paulo viu sua população passar de pouco mais de 2 milhões de habitantes para mais de 3,5 milhões. O dinamismo da economia refletia-se então no aumento da população: a cidade crescia impulsionada pelo movimento de expansão do setor industrial. As correntes migratórias respondiam por grande parte do crescimento demográfico e eram geradas especialmente na região Nordeste, trazendo mais e mais pessoas, atraídas pela possibilidade real de incorporação dos recém chegados ao mercado de trabalho, seja nas fábricas, seja na construção civil. Na segunda metade da década a indústria automobilística tornou-se o motor do crescimento econômico, com as novas fábricas instaladas em municípios vizinhos ao da capital, na região que ficou conhecida como ABC (Sto. André, S. Bernardo e S. Caetano do Sul).
A região central de São Paulo fora ocupada pelos arranha-céus, tanto na porção de seu núcleo histórico, a leste do vale do Anhangabaú, conhecida como Centro Velho – abrigando especialmente sedes de bancos e instituições financeiras – como na porção oeste do vale, em direção à praça da República e conhecida como Centro Novo – onde se instalaram sobretudo atividades comerciais e de serviços, em ruas como Barão de Itapetininga, Xavier de Toledo, Conselheiro Crispiniano, 24 de Maio, Dom José de Barros.
As avenidas São João e Ipiranga delimitavam a Cinelândia, principal pólo de entretenimento e de vida noturna da capital, com seus muitos cinemas, restaurantes, bares e calçadas iluminadas por enormes letreiros de néon.
Centro Velho
Na ampliação da foto, tomada do edifício Matarazzo no início da década, é possível observar, à esquerda, um dos dois palacetes erguidos pela família Prates entre a rua Líbero Badaró e o Vale do Anhangabaú. Ao centro, o edifício Sampaio Moreira (de 1913) e, ao fundo, o edifício Martinelli (de 1929), a torre do Banespa (edifício Altino Arantes, inaugurado em 1947) e o edifício do Banco do Brasil.
Obras do Viaduto Heitor Penteado
Foto de 28/11/1969 por ordem de Sebastião de Assis Ferreira. Foto da Rua Heitor Penteado em direção ao Sumarezinho. Esquina com Dr. Arnaldo. Em primeiro plano, obras do Viaduto Heitor Penteado.
Fonte: Depto. do Patrimônio Histórico do Município de São Paulo
Convair 340, primeira aeronave a operar entre São Paulo e Rio de Janeiro na ponte aérea.
Ponte Aérea une Rio a São Paulo
Em 1959 era inaugurada a Ponte Aérea Rio-São Paulo, que passava a oferecer um serviço então inédito no mundo: embarque imediato, sem necessidade de reservas, garantido por um pool que reunia as principais empresas aéreas da época. Em vôos que duravam cerca de 90 minutos, os modernos Convair aproximavam cariocas e paulistanos, ao final de uma década em que a aviação civil brasileira conhecera um período de grande progresso, com a ampliação do número de rotas ligando cidades de todo o Brasil e com a modernização da frota, que incorporou aviões projetados no pós-guerra especialmente para o transporte de passageiros. Na foto, um Convair 340 da Cruzeiro do Sul em Congonhas, pronto para decolar rumo ao Santos Dumont, no Rio.
Pista do Aeroporto de Congonhas vista da torre de controle, em foto de 1952.
Balcões de companhias aéreas que operavam para o exterior, em Congonhas, em foto de 1959.
Bonde, c. 1950 Crédito: Claude Lévi-Strauss.
Marquise no então novo Parque do Ibirapuera, 1954. Crédito: Alice Brill