domingo, 21 de junho de 2009

Fotos da galeira da Prefeitura Municipal de São Paulo, Censo de 1900

Mais uma vista da primeira edificação da estação da Luz; ao fundo, observam-se as obras da nova estação de passageiros, inaugurada em 1901.
O último censo do século XIX registrou um período de crescimento vertiginoso para São Paulo, que então se transformara numa cidade de 240.000 habitantes. Antigas chácaras ao redor do núcleo histórico da cidade eram loteadas e a área urbana se expandia continuamente. Ferrovias faziam a ligação com o interior, onde se produzia o café, e com o porto de Santos, por onde ele era exportado. São Paulo se firmava como o mais dinâmico centro comercial e financeiro da Província.
A ferrovia Santos-Jundiaí foi inaugurada em 1867, operada pela The São Paulo Railway Company Ltd., mas as instalações da grande estação de passageiros no bairro da Luz entraram em uso apenas em 1901.
Em 1891 aconteceu a inauguração da Avenida Paulista, projetada pelo engenheiro Joaquim Eugênio de Lima. Sua grandeza, na época, já apontava para sua vocação de futuro símbolo da cidade. Possuia três vias separadas por fileiras de magnólias e plátanos e era ladeada por imensos lotes onde foram sendo erguidos os palacetes que a caracterizaram até por volta de 1970. Já apedregulhada em 1894, foi beneficiada em 1903 com a colocação de macadame em seu leito, sendo a primeira via pública asfaltada e arborizada de São Paulo.

Em 1899 a colônia inglesa inaugurou, na Avenida Paulista o Colégio Anglo-Brasileiro, cujas instalações foram, a partir de 1918, ocupadas pelo Colégio São Luiz. Em 1906 foi construído, no início da Avenida, um sanatório pelas irmãs da Ordem de Santa Catarina, mais tarde transformado no atual Hospital Santa Catarina. Data da mesma época a sede do Instituto Pasteur. Fonte: http://sampacentro.terra.com.br

Mais uma vista da primeira edificação da estação da Luz; ao fundo, observam-se as obras da nova estação de passageiros, inaugurada em 1901.
Em 1892 foi inaugurado o Viaduto do Chá, construído, em sua primeira versão, em estrutura metálica; foi uma obra de grande importância para a vida da cidade, pois permitia maior comodidade ao se atravessar o vale do Anhangabaú. Seu nome se deve a uma plantação de chá da índia que ocupava as margens do rio.

Curiosidade
Até 1897, quando o controle do Viaduto do Chá passou para o poder público, era cobrado o pedágio de 60 réis (três vinténs) por pessoa que o atravessasse. Naquela época, havia uma guarita onde ficavam os funcionários responsáveis pela cobrança. Com isso, ficou conhecido como "Viaduto dos Três Vinténs".

Av. São João, Início Sec. XX.
No início do século XX, o centro era conhecido pela agitada vida cultural. Alguns dos teatros mais famosos da época, como o Eldorado, o Politeama e o Casino Paulista (à direita, na foto), localizavam-se na Av. São João, ainda uma via estreita, mas pela qual já circulavam bondes elétricos. Ficavam ali também sofisticadas lojas de acessórios como bengalas, sapatos e guarda-chuvas. O alargamento da avenida foi completado apenas na década de 20, na administração do prefeito Pires do Rio. Foto tomada em direção à atual Praça Antonio Prado.Fonte: Acervo Eletropaulo.

Igreja de São Pedro dos Clérigos, na praça da Sé, no início do século XX.

Praça da Sé
Na passagem do século XIX para o século XX a cidade via desaparecerem as marcas da arquitetura colonial em seu casario. A antiga catedral e a igreja de São Pedro dos Clérigos logo deram lugar a edificações de estilo eclético, que dariam um ar “europeizado” à cidade. A atual catedral teve sua construção iniciada em 1913, a partir de projeto do alemão Maximilian Emil Hehl, professor de Arquitetura da Escola Politécnica. A inauguração da nave ocorreu em 25 de janeiro de 1954, na comemoração do 4º Centenário da cidade, mas as obras externas foram concluídas apenas em 2003.


Parque do Anhangabaú em 1915, com Theatro Municipal e o Hotel Esplanada.
Na gestão do prefeito Raymundo da Silva Duprat (1911 a 1914), o urbanista e paisagista francês J. A. Bouvard foi contratado com a finalidade de projetar a construção de parques e praças que embelezassem a cidade. Seu trabalho, que ficou conhecido como Plano Bouvard, resultou na implantação de dois grandes jardins públicos, um no Vale do Anhangabaú e outro na Várzea do Carmo (este, posteriormente denominado Parque D. Pedro), bem como na construção do belvedere do Trianon, na Av. Paulista (no local onde hoje ergue-se o edifício do MASP) e da praça Buenos Aires, em Higienópolis.
Inauguração da linha de bondes Bom Retiro, em 12 de maio de 1900.

Colocação de trilhos de bonde na Rua Direita com Rua São Bento em 1900.

Viaduto do Chá, reestruturação de seu leito para trânsito dos bondes elétricos(1902). Crédito: Marc Ferrez


Noite de inauguração do Teatro Municipal, em 1911.


Oficiais cobravam os três vinténs dos passantes que atravessavam o Viaduto do Chá.

Theatro Municipal na 2ª década do século XX, pouco antes do ajardinamento do Vale do Anhangabaú, segundo o projeto de J. A. Bouvard.

Plataforma da Estação da Luz.

Encontro de mulheres, na região do “mercado dos caipiras”, em 1910. Crédito: Vincenzo Pastore.

Rua do Comércio, em 1905. Crédito: Augusto Cesar de Malta Campos.
Casarões na Avenida Paulista - 1902.

Residência von Büllow, na Paulista, 1902; Por tempos, a torre do palacete foi o local mais alto da avenida.

Cartão Postal da Avenida Paulista em 1905.

Jardins semi-públicos no Parque Trianon, por volta de 1910.

Museu do Ipiranga, em 1902.

Rua Quinze de Novembro 1915.

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