terça-feira, 2 de junho de 2009

Brás





Perfil
Distrito com comércio especializado em diversas áreas como madeira e confecções.Devido a sua importância histórica e econômica para a cidade, a prefeitura, em parceria com a Associação de Recuperação e Revitalização do Brás, reurbanizará a Rua do Gasômetro, que receberá novas calçadas e novo paisagismo, com retirada do canteiro central.
Histórico
Os primeiros registros do bairro do Brás remontam ao início do século 18, quando foi pedida a edificação de uma capela em homenagem ao Senhor Bom Jesus do Matosinho em uma chácara de José Braz (assim mesmo, com “z”). Ao que parece, as primeiras referências a esse José Braz constam em atas da Câmara dos Vereadores de 1769, quando se despacharam várias petições em nome do mesmo. Tal chácara ficava na margem de uma estrada, que era conhecida como Caminhos do José Braz, passou a ser a Rua do Braz, e hoje leva o nome de Avenida Rangel Pestana.São Paulo nessa época não tinha mais que 30 ruas, e por ser uma cidade extremamente pacata foi escolhida em 11 de agosto de 1827, juntamente com Olinda (Pernambuco) para sediar uma Academia de Direito. Nas imediações do Brás existiam várias chácaras onde residiam famílias ricas da época, entre elas a do engenheiro Carlos Bresser e a chácara do Ferrão, que pertencera à Marquesa de Santos – a preferida do imperador D. Pedro I.No ano da proclamação da República, a capital contava com 65 mil habitantes. O desenvolvimento do bairro foi lento, até que veio a cultura do café e com elas os imigrantes. Oras, a Hospedaria dos Imigrantes ficava (e fica) no Brás. Assim que os imigrantes desembarcavam em Santos eram encaminhados – de trem – até o Brás, de onde partiam para as lavouras de café no interior do Estado. Mas muitos imigrantes preferiam ficar na capital, o que transformou o bairro num local onde a influência italiana se fez sentir de maneira decisiva.A partir daí as fábricas juntaram-se ao café e trouxeram um grande desenvolvimento ao bairro. Os italianos começaram a montar suas pequenas fábricas, e o progresso chegou depressa. Basta ver: em 1886 o Brás tinha 6 mil habitantes, e em sete anos esse número aumentou cinco vezes mais. Claro, a grande maioria era de italianos – o bairro era uma pequena Itália.A partir da década de 40, devido a uma grande seca que atingiu diversos estados do Nordeste, ocorreu no bairro uma constante e progressiva entrada de nordestinos, na mesma medida em que diminuía a presença dos italianos. Com o correr do tempo o Brás foi perdendo a característica italiana, dando lugar ao comércio nordestino – ou seja, alimentos, roupas, músicas.
Correios e TelégrafosR. Gomes Cardim, 163/175 – Brás.
Metrô – Estação BrásAv. Alcântara MachadoTerminal de ônibus
Terminais RodoviáriosBresser – Av. Alcântara Machado, s/n.º – Brás.
Bairros existentes no distrito Brás- Brás
Dados
Aniversário 08/06
Área 3,5 km²
População 25.158
Nº de ruas 186 (c/ Pari)
Ruas de comércio
R. do Gasômetro
R. Santa Rosa
Características



Largo da Concórdia
Antigo bairro operário. Hoje possui comércio especializado e vem assistindo amplo projeto de revitalização impulsionado e implantado pela subprefeitura.


Câmara Municipal aplaude o bairro do Brás em sessão solene Sessão solene comemora 191 anos do bairro
Ângelo / CMSP
Marco Aurélio Cunha salientou contribuição histórica do Brás para o progresso econômico da cidade e do país
Antigo bairro operário, que sediou fábricas de renomados impérios industriais, como a Matarazzo e a Crespi, com 25 quilômetros quadrados de área, o Brás comemora seus 191 anos. Para assinalar a data, a Câmara Municipal de São Paulo realizou na segunda-feira (08/06) sessão solene proposta pelo vereador Marco Aurélio Cunha (DEM).

Em entrevista à nossa reportagem, Marco Aurélio salientou a significação do tradicional bairro como polo econômico e como congregação de diversas colônias:

“O Brás é um dos nossos mais antigos espaços de uma festividade étnica muito grande. A gente sabe de pessoas que vieram para cá buscando uma nova oportunidade e as colônias que integram o Brás são grandes alavancadores da economia do país, da cidade de São Paulo. E a gente quer seguramente homenagear todos os migrantes e os brasileiros também, que vêm de longe, e trabalham no bairro. Além disso, é o apoio de muitos trabalhadores de uma receita de um turismo de compras e pelo seu simbolismo, estando próximo de Centro de São Paulo”

“Quero agradecer a todos os homenageados e suas famílias que fazem com que o Brás seja o que ele é e por conta de todo trabalho feito com o suor de vocês. Quanto mais pessoas estiverem engajadas nesse trabalho de revigoração do bairro e das suas memórias, maior a possibilidade de sermos bem sucedidos para que o Brás seja um modelo de administração pública”, comentou Luft Yunes, consultor jurídico da Associação dos Lojistas do Brás.

A versão mais corrente que explica o nome do bairro é a de que as terras onde hoje se encontra pertenciam ao chacareiro português José Brás, o da praça de mesmo nome (“Praça Benemérito José Brás”).

O bairro recebeu muitas famílias de imigrantes, sobretudo italianos. As célebres mammas do Brás até hoje são citadas como marca registrada do bairro, antes cortado por estradas de ferro que remontam ao tempo em que lá existiam as “porteiras”.

Durante a solenidade, foi veiculado o documentário “Brás, sotaques e desmemórias”, um coprodução da Tatu Filmes, Secretaria Municipal da Cultura de São Paulo e TV Cultura, baseado no livro homônimo do escritor Lourenço Diaféria.

Foram homenageadas personalidades das diferentes etnias que povoam o Brás, como, por exemplo, Valdemar Bessa Filho; Modesto Gravina Netto e Akira Shiroma.
Integraram a mesa da cerimônia o vereador Marco Aurélio; o subsecretário de Assuntos Parlamentares do Governo do Estado de São Paulo, Jayme Gimenez; o representante do subprefeito da Mooca, José Rubens Marcílio; o superintendente da Associação Comercial de São Paulo, distrital Mooca, Aristides Legate; e Luft Yunes.

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